As relações internacionais de Portugal no quadro das suas ligações às instituições internacionais.

07-04-2011 00:00

Portugal é um país virado para fora e aberto ao exterior, não só do ponto de vista das relações económicas e empresariais, mas igualmente a outros níveis. Isto pode ser comprovado no que diz respeito às relações internacionais uma vez que Portugal é membro de um conjunto variado de organizações financeiras e económicas internacionais o que exprime uma vocação e um espírito de abertura do país, naturalmente olhando às vantagens e interesses que o próprio país retira deste facto. Isto no entanto trás ao país, para além de um reforço da sua identidade política e económica, uma projecção da sua imagem mas também um grau de responsabilidades que é necessário gerir com critério sob pena de prejudicar a sua imagem internacional.

Aderimos em 1960 às organizações de “Bretton Woods” – Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD).

As mais recentes adesões ocorreram em 2002, com o Banco e o Fundo Asiático de Desenvolvimento (BAsD e FAsD) e a Corporação Interamericana de Investimentos (CII), do Grupo BID.

No caso particular do Banco Europeu de Investimento (BEI) a adesão de Portugal a este banco decorre automaticamente da entrada de Portugal para a então Comunidade Económica Europeia (CEE), constituindo os estatutos do BEI um anexo ao Tratado de Roma.

O nosso país é ainda membro do Banco Mundial que integra actualmente 5 organizações, sendo que uma é não financeira, e que serviu de modelo aos restantes grupos que entretanto se foram constituindo, como é o caso do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), do Banco Africano de Desenvolvimento (BAfD) e do Banco Asiático de Desenvolvimento (BAsD).

Portugal é ainda membro da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), da Organização das Nações Unidas (ONU) e suas agências especializadas, da Organização Mundial do Comércio (OMC) desde 1995 e da organização Mundial do Turismo (WTO) desde 1976.

Em diversas organizações financeiras multilaterais de que é membro, Portugal intervém na dupla qualidade de Estado-Membro (EM) doador e beneficiário. É no caso do Banco Mundial que Portugal obtém o maior retorno do investimento mas é no BID – Banco Inter-Americano de Desenvolvimento que se verifica o maior rácio entre a doação e o retorno, em grande medida devido à nossa reduzida participação financeira.

 

Pensamos que podemos concluir que o país mantém a sua vocação externa e uma capacidade própria para as relações internacionais, o que se comprova pelo facto de Portugal nunca se ter afastado de nenhuma delas, talvez porque os benefícios que daí derivem sejam superiores às desvantagens de se afastar. Porém isto não deixa de marcar um perfil internacional e atlântico que nos tem que ser reconhecido.

 

FRES - Fórum de Reflexão Económica e Social